São de Janeiro de 1979 os primeiros registos do encontro de um grupo de pessoas empenhadas em dar um empurrão na solução dos problemas da educação de crianças surdas. O Estado não oferecia soluções convincentes e a alternativa das instituições religiosas também não os seduzia.

A APECDA no Porto inicia-se em 10 de Abril de 1979, com o reconhecimento da organização sediada em Lisboa empossando uma comissão instaladora presidida pela Drª Manuela Torres.
É nesta data que a actual AEDS considera o seu nascimento, querendo desta forma homenagear a instituição mãe e parceira que já existia desde 1973.
A actividade de apoio às crianças surdas da Delegação do Porto da APECDA, começou numa sala alugada na Rua de Cedofeita, tendo atingindo, nessa altura, as duas dúzias de sócios.
A APECDAPorto, teve origem na Delegação do Porto da APECDA, fundada em 1979, tendo-lhe sido cedida em 1982, pela Junta de Freguesia de Campanhã, a sede, na Rua das Escolas, que actualmente ocupa. Em 1997 completou um importante passo autonomizando-se da APECDA nacional.
A APECDAP, com o estabelecimento de várias parcerias, apresenta um historial de desenvolvimento/participação em vários projectos, entre os quais: a instalação das Residências Lar do Pêgo Negro, em 1997 e da Casa de Moalde, em 2006 (precedida pela Residência do Cerco do Porto, em 2002); Projecto de Comunicação Tecnológica para Surdos; as publicações da revista Communicare, Programa Gestos Lusófonos (proporcionando a educação básica a crianças surdas de Angola e Moçambique); promoção de cursos em diversos âmbitos da sua actuação, com vista à qualificação dos seus recursos humanos.

No ano de 2003 iniciou o apoio à população carenciada da freguesia de Campanhã, prestando cuidados de higiene e alimentação, que dariam origem ao Refeitório Social; neste mesmo ano ajudou a promover as actividades do Centro de Integração Profissional para Surdos, no sentido de prestar apoio na reabilitação de jovens que tivessem abandonado a escolaridade, para manter as perspectivas sociais e profissionais daqueles; em 2004 foram também criadas instalações de apoio aos utentes com deficiência auditiva e jovens acolhidos, designadamente o Gabinete de Psicologia e Terapia da Fala, Biblioteca e Ludoteca. Entretanto, foram findas algumas destas actividades, em virtude da falta de recursos e mutação das necessidades originárias.

Decorrente das necessidades emergentes para dar resposta a crianças e jovens com deficiência auditiva, bem como aqueles que carecem de apoio, e tendo como pano de fundo a sua principal missão, proporcionar, estimular e desenvolver a educação a crianças com este tipo de limitação, a APECDAPorto apresenta-se ainda em 2004 como uma instituição que actua em várias vertentes/dimensões da vida destas pessoas, dando respostas através de serviços como sejam o acolhimento institucional, o apoio às famílias, o transporte e a alimentação das suas crianças e jovens.
Em 2006 viu renovada a sua presença enquanto instituição de solidariedade social, abrangendo a sua actividade à análise de todos os pedidos de apoio que constituam benefício para toda a comunidade e para as crianças e jovens em particular.
Actualmente, a AEDS é constituída pela sede (onde funcionam os Serviços Administrativos, o Centro de Actividades de Tempos Livres, o Refeitório Social e o Serviço de Transporte) e por mais dois equipamentos, um Lar Apoio – a Casa do Pego Negro, serviço em funcionamento desde Agosto de 1998, com Acordo de Cooperação com o ISS para apoio à deficiência e reabilitação numa primeira fase para 10 utentes e revisto em Abril de 2000, vendo a sua capacidade no âmbito do acordo, aumentada para 14 utentes – e um Lar Residencial, serviço em funcionamento desde Abril de 2001, com Acordo de Cooperação com o ISS para apoio à deficiência a reabilitação para 10 utentes, atualmente em funcionamento na denominada Casa do Lagarteiro. Estas crianças e jovens que residem nos lares frequentam igualmente a resposta da sede.